João Ferreira Dias
Scholar & Columnist
Biographical Note
João Ferreira Dias holds a PhD in African Studies from ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (2016) and a master’s degree in History and Culture of Religions from the Faculty of Letters of the University of Lisbon (2011), both in the field of Anthropology of Religion. He has several specialisation courses, among which we highlight the course on Afro-Latin American Studies at Harvard University (2021), the course on Human Rights and Humanitarian Law in Perspective (2020) from the Faculty of Law of the Universidade Nova de Lisboa, and the course on Brazil’s International Insertion and Foreign Policy (2008) from the University of Lisbon.
He is a researcher at the Center for International Studies at ISCTE (CEI-ISCTE), in the Democracy, Activism and Citizenship research group. He is also an Associate Researcher at the Centre for History of the University of Lisbon and a member of the research network of the European Center for Populism Studies.
He is a regular columnist for leading newspapers in the Portuguese press.
Nota Biográfica
João Ferreira Dias é Doutorado em Estudos Africanos pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (2016) e Mestre em História e Cultura das Religiões pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2011) – ambos no campo disciplinar da Antropologia Religiosa -, possuindo vários cursos de especialização, salientando-se o de Estudos Afro-Latino-Americanos da Universidade de Harvard (2021), o curso de Direitos Humanos e Direito Humanitário em Perspectiva (2020) pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, e o de Inserção Internacional e Política Externa do Brasil (2008) pela Universidade de Lisboa.
É investigador Integrado do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE (CEI-ISCTE), no grupo de pesquisa Democracy, Activism and Citizenship. É, ainda, Investigador Associado do Centro de História da Universidade de Lisboa e membro da rede de pesquisadores do European Center for Populism Studies.
É colunista regular em jornais de referência da imprensa portuguesa.
Working Themes
Temas de Pesquisa
Anthropology of Religion / Antropologia religiosa
Yorùbá, Candomblé, Umbanda, ritual, patterns of thought, politics of memory and authenticity
Yorùbá, Candomblé, Umbanda, rituais, padrões de pensamento, política de memória e autenticidade
Political Science / Ciência política
culture wars, identity politics, nostalgia and politics of memory and nationalism, populism
guerras culturais, política identitária, nostalgia e política da memória e nacionalismo, populismo
Constitutional Studies / Direito Constitucional
Portuguese Constitution, Constitutional Principles, Fundamental Rights, Religious Freedom
Constituição Portuguesa, Princípios Constitucionais, Direitos Fundamentais, Liberdade Religiosa
Keep in touch

Arquivo de opinião

aborto (1) América Latina (1) antropologia (3) apropriação cultural (2) autárquicas (2) Bolsonarismo (19) Brasil (20) Brexit (1) caridade (1) ciganos (2) culture wars (1) de jure (4) democracia (4) devolução arte (1) diálogo inter-religioso (1) english (3) esquerda (8) EUA (2) europa (6) eutanásia (1) extrema-direita (5) feminismo (1) futebol (2) guerras culturais (23) género (3) igualdade (2) laicidade (4) Lula (3) lutas sociais (10) machismo (3) misoginia (1) nostalgia (1) Nova Zelândia (1) pobreza (4) política europeia (5) populismo (21) Portugal (31) portugalidade (10) pós-verdade (1) questões identitárias (15) racismo (20) redes sociais (1) religião (8) representatividade (1) ressentimento (1) Rússia (1) saúde (1) tauromaquia (1) violência sexual (3) wokismo (10)
Research in Progress
Pesquisa em Curso

Culture Wars in 21st Century Portugal (…)
The main conclusions drawn will be made available at the conclusion of the project.
Academic Salient Work
Publicações Salientes
(for full work see institutional links above / para a lista completa de atividades científicas consulte as ligações institucionais acima)
Political+ juridical / jurídico-políticos
↳ “The Culture War in Ukraine: the struggle against global pluralism”. Polis: Revista de Estudos Jurídico-Políticos 2 6 (2023): 99-104.
http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/polis/article/view/3163.
↳ “Raça, dignidade humana e justiça social: o princípio da igualdade na ótica do indivíduo face às assimetrias sociais na constituição portuguesa de 1976”. Lusíada.Direito 27/28 (2022): 55-74.
http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/ldl/article/view/3128/3878.
↳ “Political Messianism in Portugal, the Case of André Ventura”. Slovak Journal of Political Sciences 22 1 (2022): 79-107.
http://sjps.fsvucm.sk/index.php/sjps/article/view/281.
↳ ““Em teoria, a doutrina diverge”. Um diálogo entre a noção de doutrina e a de teoria, a partir da Teoria Crítica da Raça”. Revista Jurídica Portucalense (2022): 139–160. https://revistas.rcaap.pt/juridica/article/view/26158.
anthropology / antropologia
↳ “The Making of Religion: An Essay on the Definition of ‘African Religion’ Through the Cases of the Yorùbá and Candomblé”. Journal of Religion in Africa 52.3-4 (2022): 374-394.
https://brill.com/view/journals/jra/52/3-4/article-p374_6.xml.
↳ “Quando a “Avamunha” não bate: o conflito como aspecto estruturante do Candomblé em Portugal”. Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia 48 (2020): 40-65.
http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/issue/view/26/showToc.
↳““Chuta que é macumba”: o percurso histórico-legal da perseguição às religiões afro-brasileiras”. Sankofa 12. 22 (2019): 39-62
http://www.revistas.usp.br/sankofa/article/view/158257.
↳ “A religião se faz com a colheita da terra: problematização concetual de “religião” em África e o caso yorùbá”. Etnográfica 17 3 (2013): 457-476.

political ENGAGEMENT
Standing Up to Hate
João Ferreira Dias advocates Knowledge, Equality, Freedom, and Human Rights. Knowledge provides the tools to avoid the seduction of authoritarianism, struggle against prejudice and intolerance, and effectively defend human rights. He sees Equality as a fundamental principle of human rights, both in non-discrimination and corrective actions. Freedom is the sine qua non condition to allow social mobility and self-determination. Human Rights are the fragile conquest consecration of human dignity as the headlight of Politics and Policies.
Despite the defense of minorities’ rights, he is not committed to identitarian democracy, i.e., a type of democracy based on the division of society into specific groups and their identities, but instead believes in the consecration of the Republican promise of Equality, Rule of Law and unity based in Common Ground – the contractualism as a society of acceptance, respect for the difference and shared values. In that sense, it also means he does not advocate majoritarianism democracy, a type of democracy based on the idea of the rule of the majority, not in elective terms, but in terms of culture and social values; since it opposes the basic warranty of fragile communities against the state, such as sexual, religious and cultural minorities.
He also believes in ‘respect’ rather than ‘tolerance’, which has historically shaped a sense of supremacy. That means he is committed to the struggle against all kinds of discrimination – misogyny, homophobia, racism, religious disrespect -but not in radical woke terms since he considers it a progressive puritanism.
[ versão portuguesa] João Ferreira Dias defende o Conhecimento, a Igualdade, a Liberdade e os Direitos Humanos. O conhecimento fornece os instrumentos para evitar a sedução do autoritarismo, lutar contra o preconceito e a intolerância, e defender eficazmente os direitos humanos. Ele vê a Igualdade como um princípio fundamental dos direitos humanos, tanto no sentido da não-discriminação liberal como através de acções correctivas. A Liberdade é a condição sine qua non para permitir a mobilidade social e a autodeterminação. Os Direitos Humanos são a frágil consagração da dignidade humana como o farol da Política e das Políticas Públicas.
Apesar da defesa dos direitos das minorias, não está empenhado na democracia identitária, ou seja, num tipo de democracia baseada na divisão da sociedade em grupos específicos e nas suas identidades, mas acredita na consagração da promessa republicana de Igualdade, Estado de Direito e unidade baseada na ideia de Chão Comum – o contratualismo como uma sociedade de aceitação, respeito pela diferença e valores partilhados. Nesse sentido, significa também que não defende a democracia maioritária, um tipo de democracia baseada na ideia da regra da maioria, não em termos electivos, mas em termos de cultura e valores sociais, uma vez que este modelo se opõe à garantia elementar de defesa das comunidades frágeis contra o Estado, tais como as minorias sexuais, religiosas e culturais.
Acredita, também, no “respeito” ao invés da ideia de “tolerância”, que historicamente moldou um sentido de supremacia. Isto significa que está empenhado na luta contra todos os tipos de discriminação – misoginia, homofobia, racismo, desrespeito religioso – mas não nos termos do radicalismo woke, uma vez que o considera um puritanismo progressista.
Taking Action
tomada de posição
human dignity
(dignidade humana)
Human dignity is not, or at least should not be, a value, a principle, a negotiable legal and civic foundation whose force should be understood to be undeniable, inalienable, and cogent.
A dignidade humana não constitui, ou não deveria constituir, ao menos, um valor, um princípio, uma fundamentação jurídica e cívica negociável, cuja força se deveria entender inderrogável, inalienável e cogente.
plural democracy
(democracia pluralista)
I do advocate a plural democracy, based on warranties for minorities and multiculturalism, but based on a solid sense of common ground.
Defendo uma democracia pluralista, com garantias para as minorias, com uma feição multicultural, mas com um forte sentido de “chão comum”.
Corrective actions
(ações corretivas)
The principle of equality should not consist of a formal primacy of non-discrimination and equality before the law. For the republican promise to be fulfilled, equality must be accompanied by actions that seek to correct the factual inequalities that obstruct merit and social ascension.
O princípio da igualdade não deve consistir num formal primado da não-discriminação e da igualdade perante a lei. Para que a promessa republicana se cumpra é preciso que a igualdade seja acompanhada de ações que procurem corrigir as desigualdades fáticas que impedem o mérito e a ascensão social.

P O E T R Y CORNER
O Canto da Poesia
Eternos, imutáveis.
É assim que desejamos que sejam
Os lugares onde somos.
(in Quarto de Poema, Corpus Editora, 2011, p.104)
Eternal, unchanging.
This is how we wish they were
The places where we are.